terça-feira, dezembro 16, 2008

Entre os 10 da Galeria Hall Brasil

Cosme e Damião (2008) é um dos meus trabalhos que está na galeria virtual da HALL BRASIL e foi selecionada entre os 10 mais votados deste mês.
Entre no site www.hallbrasil.com.br veja as demais obras escolhidas e vote mais uma vez na minha ensamblagem.
Aproveite e veja também as recenteas postagens no meu blog.
Feliz natal.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

ÍCONES IMPRESSIONISTAS

Olympia – Edouard Manet, 1863
Inserção do nu na pintura impressionista.



Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte – Seurat, 1896
Tela ícone do pontilhismo originando o neo-impressionismo usando a cor e a ótica, cujos principais pintores foram Signac, Seurat e Pisarro




As castanheiras de Osny – Pissarro, 1873. Uma das principais telas deste pintor precursor do impressionismo.



Impressão, nascer do sol – Claude Manet, 1872
A partir desta tela é designado o impressionismo.
Leroy, crítico de arte comentou que “um papel de parede era mais elaborado que esta marinha de Monet.”

IMPRESSIONISMO - RECORTE

RECORTE SOBRE O IMPRESSIONISMO


Final de ano. Festejos natalinos e expectativas para o ano seguinte. Período de cores e brilhos. Desejos e esperanças renovadas. Não foi à toa que deixei o impressionismo para o mês de dezembro. A idéia de felicidade e harmonia era passada no impressionismo, assim como nesta época do ano.

Um dos momentos mais belos da história da arte, surgido na França em 1874, explorou a intensidade das cores e a sensibilidade dos artistas.

Os impressionistas buscavam retratar em suas obras, os efeitos da luz do sol sobre a natureza, por isso, quase sempre pintavam ao ar livre. A ênfase, portanto, era dada na capacidade da luz solar em modificar todas as cores de um ambiente, assim, a retratação de uma imagem mais de uma vez, porém em horários e luminosidades diferentes, era algo normal. O impressionismo explora os contrastes e a claridade das cores. O preto jamais é utilizado. Até a sombra era retratada com cores. Ao ar livre o mundo inteiro poderia ser tema de pintura dos impressionistas. Muitos pintores iniciaram a pintura ao ar livre, pintando paisagens, águas, mares, rios, naturezas mortas etc. O nu artístico também começa a ser retratado.

Transferir a experiência visual do pintor para o espectador constituía a verdadeira finalidade dos impressionistas.

Com os impressionistas o tema digno, a composição equilibrada, o desenho correto estavam definitivamente sepultados, superados. Era a vez das manchas, cores e sombras.

Cores em pequenas pinceladas no próprio quadro para combinação das mesmas pelo espectador considerando que os pintores achavam que a cor se misturava no olho e não na paleta.

Para apreciar um quadro impressionista, o espectador devia se afastar alguns metros para verificar que as manchas intrigantes viravam imagens diante dos olhos.

A denominação “impressionismo” foi dada após a declaração pejorativa do crítico de arte francês Louis Leroy ao ver a tela “Impressão, sol nascente” de Claude Monet, um dos principais artistas do movimento. Leroy disse que “um papel de parede era mais elaborado que esta marinha de Monet.”

A rejeição a estes artistas era muito grande. Muitos foram proibidos de participar do Salão de Paris, o que motivou inclusive a Napoleão III, em 1863 promover o Salão dos Recusados.

Destacam-se no século XIX Claude Monet, Édouard Manet , Auguste Renoir, Camille Pissarro, Alfred Sisley, Vincent Van Gogh, Edgard Degas, Seurat, Signac, Paul Cézanne, Berthe Morisot, Jean Bazille, Gustave Coilebotte, Mary Cassat, Rodin, Toulouse Lautrec. No Brasil o grande referencial é Eliseu Visconti.

O impressionismo deu lugar a outros “ismos” como o pós-impressionismo , em 1885, sendo seus expoentes máximos: Van Gogh, Renoir, Gaugain.

O neo-impressionismo/pontilhismo, em 1886 usando a cor e a ótica teve com principais pintores Signac, Seurat e Pisarro.

Já no século XX as pinturas de Gaugain deram origem ao primitivismo, Cézanne iniciou o cubismo, enquanto que a obra de Van Gogh gerou o expressionismo.

O impressionismo deixou um grande legado de pintores e obras para todos os amantes e historiadores da arte, assim como para toda a humanidade.

“O impacto causado pelo impressionismo não pode ser subestimado. Suas ações e experimentos simbolizaram a rejeição às tradições artísticas e aos julgamentos de valor da crítica. Ao pintar a visão – não aquilo que se enxerga, mas o que significa ver – eles foram os arautos do modernismo, iniciando um processo que revolucionaria o conceito e a percepção do objeto artístico. Os futuros movimentos de vanguarda seguiriam seu exemplo e defenderiam a liberdade artística e a inovação”. (Amy Dempsey)

Sem dúvida tivemos no impressionismo um dos períodos mais produtivos, enriquecedores e belos da história da arte. Em um passado mais recente podemos incluir junto ao nome dos pintores/artistas impressionistas outros que também marcaram o cenário mundial da arte: Picasso, Marcel Duchamp, Dali, Miró, Gaudi, John Cage, Andy Warhol entre outros.



REFERÊNCIAS

Estilos, Escolas & Movimentos / Guia Enciclopédico da Arte Moderna - Amy Dempsey - Cosac Naify, SP, 2003
Modernismo - Charles Harrison - Cosac Naify , SP, 2001
Janson H. W. História da Arte: Panorama das Artes Plásticas e da Arquitetura da Pré-história a atualização, Lisboa, 1973
F. H. Gombrich A História da Arte, LTC Editora, 16ª edição, RJ, 1995
Gênios da Pintura, Pisarro e Sisley, Abril Cultural, SP, 1968

Eletrônicas
Wikipedia