quinta-feira, janeiro 08, 2009

EBA/UFBA Saldo 2008

Depois de 40 anos retornei a velha e querida UFBA! Em 70 me tornei economista. Em 2008, matrícula especial em Belas Artes para sistematizar meus conhecimentos neste mundo mágico e fantástico da história da arte.

Da antiguidade ao século XXI. Uma grande viagem! Tudo isto em apenas 01 ano foi um esforço grande, mas compensador. História da Arte I e II, Arte Contemporânea e Arte Brasileira. Ufa!!!

Começando de forma autodidata, após este ano na EBA já consigo identificar os movimentos e estilos para enquadrar minhas ensamblagens e algumas atitudes do homem e do artista.

O maneirismo com seus contornos e figuras distorcidas, abriu alas para os “....ismos” que se multiplicaram a partir do século XIX. Os seus seguidores consideravam que arte não se ensinava na academia e que o artista já nascia pronto. Foi assim que comecei, sem nenhum conhecimento formal, acadêmico. Pura inspiração brotada das minhas vivências por aqui e por ali.

Baudelaire, um intelectual e crítico do seu tempo, dizia que “a casa do homem moderno é a rua”, naquela Paris que tanto me fascina. Dandi e flaneur, dois tipos daquela época. O primeiro, elegante e vaidoso. O segundo observador, meio que vagal. Eu me rotulo de asfáltico. Tudo a ver.

No século XX a arte toma rumos diversos, em função das mudanças sócio-políticas, do avanço da tecnologia, da mudança da postura dos artistas. A arte sai da retina e instiga a mente. Diversos suportes e materiais são introduzidos. A pintura sai da superfície plana da tela ganhando volume e formas. Manifestações artísticas diversas mesclando artes plásticas, dança, música, teatro..... O artista não é mais apenas o pintor.

Dadaísmo, os ready mades de Marcel Duchamp. Colagens de Braque e Picasso. Objetos trouveé. Utilizando ícones do imaginário, experiências vividas, raízes afro-baianas, hábitos e costumes contemporâneos, a minha urbanidade e, muitos dos conceitos, estilos e movimentos da arte, dos quais não tinha conhecimento tornei-me um artista ensamblagista. Axé.

Luciano Freitas, jan 2009