terça-feira, julho 22, 2008

MARCEL DUCHAMP NO MAM SP

Brasileiros terão a oportunidade de ver em São Paulo a maior mostra das obras de Marcel Duchamp realizada na América Latina. Quem for ou viver em São Paulo, não poderá perder a exposição "uma obra que não é uma obra de arte", de 15 de julho a 21 de setembro de 2008, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) www.mam.org.br

Incentivado por Aldo Tripodi, crítico de arte, iniciei minhas leituras sobre História da Arte, em 2004, depois que comecei a fazer minhas ensamblagens e colagens. Um dos artistas que chamou minha atenção foi Marcel Duchamp. Com o seu jeito irreverente e inteligente de ser deixou um legado muito grande para os artistas de vanguarda do Século XX em diante.

Historiadores, pesquisadores, críticos de arte, diversos artistas consideram que Duchamp e Picasso dividem o título de maior artista do século XX. Eu fico com Duchamp.

Francês, radicado em New York, pintor cubista, artista conceitual, introduziu nas artes o readymade, desconsertando as artes plásticas e o próprio espectador. Participou também dos movimentos dadaísta e surrealista.

Com sua intervenção, a arte saiu da retina para a mente, como ele mesmo dizia.

Em 2007, de New York fui a Phyl, como é conhecida carinhosamente a Filadélfia pelos americanos, apenas para visitar o Museu de Arte da cidade, no qual está o maior acervo das obras de Marcel Duchamp. Fiquei extasiado!

Para os amantes da arte e aqueles que não compram quadro combinando com o sofá da sala, esta exposição de Duchamp é imperdível.

Luciano Freitas

A OBRA D EMARCEL DUCHAMP

Marcel Duchamp é o maior artista plástico e um dos maiores artistas de todo o século XX. Está no nível do autor de “O Processo”, Franz Kafka (1883-1934), nascido em Praga, hoje capital da República Tcheca. Régis Bonvicino

Fonte: IG



O artista plástico Marcel Duchamp Duchamp (1887-1968) nasceu em Blainville-Crevon Seine-Maritime, que se localiza perto de Le Havre, ao norte de Paris, próxima da Bélgica e margeando o Canal da Mancha, o que a torna, como cidade da Haute-Normandie, “quase inglesa”, na linha de Londres e Brighton.

Como informa o poeta e ensaísta mexicano Octavio Paz (1914-1998), “Duchamp ganhou quantias irrisórias com seus quadros – a maioria os presenteou – e viveu sempre modestamente, sobretudo se se pensa nas fortunas que acumula hoje um pintor que mal goza de certa reputação”.

Paz aponta o espanhol Pablo Picasso (1881-1973) e Duchamp como os mais influentes artistas plásticos do século passado: ”O primeiro por suas obras, o segundo por uma obra que é a própria negação da moderna noção de obra”.

Paz fez essa afirmação em 1968, em seu livro “Marcel Duchamp ou o Castelo da Pureza” (no Brasil, pela Editora Perspectiva, 1977). Antes de discutir a obra de Duchamp “como negação da noção moderna de obra”, ofereço ao leitor a precisa definição do mexicano de ready-made – o mais conhecido procedimento artístico de Duchamp – “o ready-made é arma de dois gumes: se se transforma em obra de arte, malogra o gesto de profanação; se preserva a neutralidade, converte o gesto em obra. Nessa armadilha caíram, em sua maioria, os seguidores de Duchamp: não é fácil jogar com facas”.

Hoje, pode-se ter visão diversa da obra desse artista que transcendeu os movimentos dadaísta e surrealista e demais rótulos. Duchamp percebeu, já na primeira década do século passado, que a arte havia perdido seu sentido, enquanto representação figurativa da “realidade” e ou mesmo bidimensional, cubista dessa “realidade”, como a de Picasso – crítica, de certo modo, branda ao mundo contemporâneo; daí dizer-se que ele negava o “sistema da arte”, cultivado pelo pintor malaguenho, em gesto de agressão à burguesia.

À diferença de Picasso, Duchamp “pintava” com a cabeça e não com o olhar. Seu aguçadíssimo espírito crítico e sua inteligência, levaram-no a compreender que a Revolução Industrial (séculos XVIII, XIX e XX), a revolução da máquina e das massas, havia, na verdade, liquidado com qualquer possibilidade de arte, que sobreviveria – a la Picasso – num mercado sofisticado e para poucos – como mercadoria.

Duchamp, que começara cubista, ao contrário de Picasso, que, durante os seus vinte primeiros anos de carreira, foi um realista figurativo, convencional, decidiu trabalhar com o lixo dessa sociedade industrial – que trazia em si a sua própria destruição, como se vê hoje com o aquecimento global.

Não à toa – como assinalei em coluna anterior – Nicholas Stern conceitua o aquecimento global como o maior fracasso de mercado da história do homem, ou seja, o maior fracasso da Revolução Industrial.

O pensador belga-francês Claude Lévi-Strauss afirma que, no ato de consumo, de aquisição de qualquer bem, uma saia ou um carro, ainda persiste – atavicamente – o ato do homem primitivo de apanhar frutos das árvores, ou, em outros termos, o impulso aleatório de acumulação, inclusive, de capital. O ato de furto, de apropriação indébita.

Os ready-made de Duchamp constituem-se, ao mesmo tempo e paradoxalmente, nesse gesto de acumulação primitivo (inocente, no início da humanidade) e em violenta crítica à acumulação do capital, que, além de subjugar o homem, devasta o meio-ambiente e dizima o próprio homem.
Seus primeiros ready-mades foram “Roue de biclyclette” (1913) e “Fonte” (1917). O primeiro transforma uma roda de bicicleta, agora inútil, sem a bicicleta e sem beleza “convencional”, em “arte”: é o objeto inútil representando a si mesmo, nu e cru.

A chave de sua interpretação consiste no resgate dessa inutilidade para a arte, dura crítica em relação à sociedade utilitarista, e aos artistas que, apesar de magníficos como Picasso, seguiram pintando para uma arte que não mais dizia – digamos – nada, além de “reiterar-se” “mercadoria”. O segundo é um urinol de porcelana, no qual se esculpe toda idéia de escárnio , e, sobretudo, de sujeira.

A “Fonte” é assinada com o pseudônimo R. Mutt, que carrega em si também a palavra “mutation” (mutação) e a palavra mudo, de calado. Marcel Duchamp é assunto inesgotável e, também a exposição do MAM, em virtude de sua heróica extensão.

A mostra, no entanto, evidencia que esse Museu não tem infra-estrutura para receber um Duchamp: apesar de seus bilionários patrocinadores, não há informação didática, gratuita, suficiente e de qualidade para o público mais leigo e pobre.
Sinal de que a elite econômica do país se preocupa menos com a arte e mais com autopromoção, por meio justamente da “arte”. Mas, só de o MAM a ter montado já é um feito e tanto! É o “evento” do ano. Talvez, da década.

Ante Duchamp, o inesgotável, e ante tão contundente exposição, opto por assinalar a importância de seu filme “Anémic cinéma”, de 1926, realizado no estúdio do fotógrafo e pintor norte-americano Man Ray (1890-1967), que se traduz numa sucessão de planos fixos de dezenove discos giratórios em movimento; cada disco contém palavras, que, ao cabo, formam um poema, com trocadilhos e aliterações.

O poema é de autoria de Rrose Sélavy, outro pseudônimo de Duchamp – um anagrama de “Eros c’est la vie”: rose e eros. Duchamp, o humanista-cético, ilustrador de poemas do poeta francês Jules Laforgue (1960-1887) reaparece revolucionando igualmente a poesia, incorporando, nela, o cinema falado, a idéia de movimento e labirinto. Há muito do nonsense dos poetas ingleses Edward Lear (1812-1888) e Lewis Carrol (1832-1898) nos textos: “Esquivons les ecchymoses des esquimaux aux mots exquis”.
Esse filme de 1926, insuperável, contém tudo aquilo que se chamou trinta anos depois de “Poesia concreta”, letrista ou visual e que se pretendeu “vanguarda”. Para finalizar, reflito sobre “Bouche-évier” (em forma de pequena medalha de bronze, versão de 1967) ou “Boca-ralo”.

O trabalho é bastante representativo da crítica do autor de “Roue de bicliclette” ao mundo das manufaturas e à profanação – atenção – do homem, que não mais existe nos limites de seu corpo e vaza, sangra, invadido. E, ao mesmo tempo, é erótico-mórbido, ao fazer a analogia entre o ânus e a boca, gravados em medalha – relação que, portanto, revela-se justamente pela medalha em metal, estática, morta. Quando revi “Bouche-évier” não pensei no malogro da arte ou do ready-made como objeto de arte, como Paz corretamente observara, mas no malogro desse homem de hoje, deserotizado e siliconado, seios e lábios artificiais, como “burkas estéticas” – com a “industrialização” de tudo, da boca ao ânus e, sobretudo, do ânimo.

terça-feira, julho 08, 2008

O Passamento da Mulher de Roxo
Ensamblagem de Luciano Freitas publicada na Jungle Drums , Londres, Out 2006

CHACRINHA, A MULHER DE ROXO E CENAS DO COTIDIANO – UM RECORTE SOBRE ARTE CONCEITUAL E PERFORMANCE

Luciano Freitas,
Julho 2008

Chacrinha
Não seria Chacrinha um bom ícone para definir a performance brasileira levando em conta a liberdade que contagiava o popular apresentador e seu auditório? Vocês querem bacalhau? E jogava o bacalhau para a platéia, ou o pepino, ou o abacaxi, ou .......não importava.
É o autor de expressões que se popularizaram por todo o Brasil, como "Quem não se comunica, se trumbica!", "Eu vim para confundir e não para explicar", bordões como "Terezinhaaaaaa...."
O povo o amava e não se esquece do Velho Guerreiro "balançando a pança e comandando a massa" (Gilberto Gil - Aquele Abraço).
Total sinergia entre o palco e o auditório. Delírio!!!
Aliás, Maciunas, um dos fundadores do Fluxus ( grupo internacional de vanguarda dos movimentos de arte do Sec XX) declarou em 1965 “a tarefa do artista é demonstrar que qualquer coisa pode ser arte e que qualquer pessoa pode fazê-la”.







Chacrinha

A Mulher de Roxo

Não poderíamos também considerar a Mulher de Roxo como uma artista performática baiana que vivia basicamente entre a Praça Castro Alves e a Rua Chile, a exemplo do atual Jaime Fygura?





O Passamento da Mulher de Roxo
Ensamblagem de Luciano Freitas publicada na Jungle Drums , Londres, Out 2006




Jayme Figura


Breve histórico


A arte conceitual nada mais é do que a utilização da idéia como arte, independente desta idéia se transformar ou não em objeto artístico. Na arte conceitual, inúmeras formas de expressão artística podem ser utilizadas pelo artista para desenvolver sua idéia. As idéias, reflexões e pensamentos são mais importantes do que o objeto de arte em si. O artista usa apenas a linguagem visual para transmitir sua idéia, mensagem.

A arte performática foi um componente importante de muitos movimentos vanguardistas do século XX, a exemplo do futurismo, do dadaísmo, do surrealismo, dentre outros.

Ao pesquisarmos a história da arte, verificamos que as discussões sobre arte conceitual nos remetem de imediato a Marcel Duchamp e outros artistas e movimentos que continuaram a existir durante a primeira metade do Século XX. A arte conceitual teve como inspiração, principalmente os ready-mades de Marcel Duchamp, objetos retirados do cotidiano das pessoas e reapresentados como objetos artísticos, privilegiando a idéia, em detrimento do objeto, já que o mesmo poderia ser facilmente encontrado na sociedade.

Para artistas, historiadores e críticos de arte, professores e alunos de história das artes, a primeira referência à performance data de 1920, quando Marcel Duchamp, um dos principais artistas do Sec. XX, deixa-se fotografar travestido em Rrose Sélavy.


Marcel Duchamp


A partir de 1950/60 cabe destaque para os happenings envolvendo diversas atividades visuais e culturais. Jonh Cage, foi um dos precursores fazendo uma música tida como ready made, mesclando sons aleatórios, ruídos e até o silêncio. Nas suas performances envolvia a arte Rauschenberg, a poesia de Olsen, o teatro de David Tudor e a dança de Cunningham.


A experimentação e associação de teatro, dança, cinema, vídeo, informática e artes visuais continua sendo fundamental para o desenvolvimento da arte performática.

Os artistas performáticos seguem levantando questões importantes da atualidade, a exemplo do racismo, guerras, homofobia, aids, além de diversos tabus sociais e culturais. A performance mescla no seu conteúdo: política, estética, entretenimento, sátira, humor.

A performance continua sendo utilizada por artistas de todo o mundo, tendo grande popularidade pela sensação de liberdade que contagia os artistas e os espectadores.

Ninguém define melhor a arte conceitual e suas atividades como Allan Kaprow, artista plástico, ensamblagista americano, quando escreveu que o artista de hoje não tem mais que dizer: eu sou um pintor, ou poeta, ou dançarino. Ele é simplesmente um artista.

E é isto que realmente constatamos, a partir do século XX com a performance, hapennings, body art e demais manifestações utilizadas no campo das artes.

E como diria Chacrinha: "Eu vim para confundir e não para explicar”.

Contextualizando a frase de Chacrinha na área das artes plásticas/visuais, nada mais é que “arte saiu da retina do espectador para a mente”, como propôs Marcel Duchamp.

E assim seguirá.



REFERÊNCIAS


Amy Dempsey – Estilos, Escolas e Movimentos / Guia Enciclopédico da Arte Moderna
Cosacnaify, 2ª impressão, 2005

Paul Wood – Arte Conceitual
Cosacnaify, 2ª impressão, 2005

Eletrônicas

www.bacalhau.com.br/chacrinha

montemor-loures.blogspot.com

www.nodo50.org/lafelguera/Fluxus.
Tem todo o meu apoio. Isso não é Lei, é Sacanagem. Os guardas aumentaram a cobrança de propina de uma cervejinha para quatro engradados e olha que é barato ou vai querer pagar 960 barão. Só queria saber quem foi o filho-duma-égua que apresentou essa "Lei". No mínimo não tem mãe ou não gosta nem um pouquinho dela.Pô! Deixava como estava e cobrava mais eficiência da polícia no controle, mas colocar zero mil, zerocentos e zerenta e zero por cento de álcool no sangue isso é coisa pra pingüim que só bebe vodca congelada na Antártida (Que pena que não é na Antártica da Juliana BOA Paes).Mata o fio-duma-égua, mata!Um abração.
Paulo Aguiar

segunda-feira, julho 07, 2008

EBA/UFBA SEMESTRE 2008.1

Como é do conhecimento de todos aqueles que têm acompanhado o meu envolvimento com as artes plásticas, este ano decidi me dedicar aos estudos, voltando aos bancos da UFBA.

Com matrícula especial frenquentei o 1º semestre da EBA cursando as disciplinas: História da arte brasileira, História da arte I e História da arte contemporânea.

Fui aprovado em todas três conforme minhas expectativas e preferências.

Vale registrar também o salutar e proveitoso convívio com professores e colegas em sala de aula e nos espaços da EBA, ampliando meu net work na área.

Para o semestre 2008.2 solicitei matrícula em História da arte II e Teoria da percepção visual.

O artista cresce!
DESA-BAFO


Inicialmente, o meu blog era para tratar de assuntos pertinentes a artes plásticas e o meu envolvimento com o mercado da arte enquanto ensamblagista.
Porém, resolvi abrir uma exceção para comentar sobre a abusada lei seca, ora em vigor no país.
Ai vai o meu desa-bafo.

O Brasil, país tropical, é abençoado com 7.367 mil quilômetros de costa litorânea, uma das maiores do mundo.
Além disso, este imenso país também é abençoado, por enquanto vale frisar, pela ausência de catástrofes naturais como vulcões, terremotos e furacões. Mas, não faltam catástrofes humanas. Mensalão, pizzaiolos, lei seca ....

De bom, temos ainda, escolas de samba, trio elétrico, mulatas, parada gay, futebol, Amazônia, bundas, Daspu ...... e muitos outros atrativos.
A LEI SECA NÃO COMBINA COM O BRASIL E NEM COM A MAIORIA DOS SEUS ATRATIVOS, ÍCONES DO DESEJO E COBIÇA INTERNACIONAL.

Portanto, cabe perguntar, a lei seca é de interesse de quem? Das indústrias produtoras de bafômetros? Dos cofres públicos? Registre-se também que os “fardados” brasileiros não inspiram credibilidade. Basta ver/ler o que anda acontecendo pelo país, sobretudo no Rio.

Não esquecer o baque significativo na receita do setor de A&B, podendo até gerar mais desemprego. Convém destacar que o setor A&B movimenta um comercio informal muito grande, além de mascarar o desemprego nas grandes cidades. O que será dos ambulantes que vendem cerveja em isopor? Sem dúvida, mais miséria e desempregados nas zonas urbanas.

E como ficarão os bares e barraqueiros das praias, sobretudo no Nordeste? Além do que o caranguejo vai sentir falta da cerveja! É justo acabar com este casamento?
Na Bahia, todos os santos e orixás já estão em polvorosa! Perguntam-se: como e quem vai nos festejar agora? Cadê a loura, a suada, a redonda, a branquinha, o capeta?
E o povo dos pampas, tchê? Só chimarrão com pica-nha e lingüiça!
Na parada gay, as bichas estão condenadas a tomar água gay-sificada. E como ficarão os straights que só se soltam depois de muitas talagadas? Afinal, nem todo homem é um trans-fenômeno.
No Nordeste, Santo Antonio, São João e São Pedro já decidiram enviar espadas para os legisladores, articuladores e defensores da lei seca, prometendo também queimá-los na fogueira do inferno.
E, no Natal será que já decidiram a dose de cachaça que o peru tem que beber antes de ser morto? Caso seja uma dose bem fraquinha, corre o risco, do peru ressuscitar em plena ceia natalina, assustando as criancinhas, os cardiopatas e, até mesmo, Papai Noel!!!
Carnaval? Nem pensar! Será impossível “correr na lambretinha” e, muito menos, “ir atrás do trio elétrico”.

Diante de tudo isto é melhor distribuir carne seca para a população carente. O POVO PRECISA SER FELIZ COM BARRIGA CHEIA.

Inspirado no bafômetro seria interessante que os centros de tecnologia e excelência deste país desenvolvessem o “afanômetro” para identificação e punição daqueles que afanam o Brasil. Este aparelho sim teria a aprovação de 100% do povo que passaria a se ufanar de ser brasileiro.

CABE FAZER UM “CERVEJAÇO” CONTRA A LEI SECA. TIM TIM.
Luciano Freitas, 06/07/2008